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  • Foto do escritorNorman Arruda Filho

Educação: a grama tão verde do vizinho / Education: the neighbor’s green grass

Atualizado: 6 de fev. de 2019


* english version below


A Alemanha está nos noticiários por aprovar jornada de trabalho de 28 horas semanais, porém, ao lançar o olhar para este país outro dado me chama a atenção: o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Dados de 2016 mostram que o governo federal e os setores econômico e científico alemães investiram 2,94% do Produto Interno Bruto em pesquisa e desenvolvimento contra 2,03% dos outros países da União Europeia e gerando um abismo quando comparado ao Brasil, que em 2015, investiu 0,63%, o equivalente a R$ 37,1 bilhões contra os 92,2 bilhões de euros da Alemanha.


Porém, mesmo sofrendo de um problema que nos é familiar: a mobilidade social (um aluno pertencente às classes sociais mais baixas terá poucas oportunidades para ascender socialmente em relação aos seus pais), o “pulo do gato” dos alemães atualmente está na atenção dada a transição do aluno ao mercado de trabalho.


Segundo uma pesquisa da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o nível de desemprego entre adultos que se formaram no ensino secundário em um curso técnico chega a apenas 4,2%. Já para jovens entre 15 e 19 anos que não estão estudando ou trabalhando chega a 8,6%, um dos menores níveis entre os países-membros da organização. Além disso, eles têm uma classe média forte, com 58% da população ganhando entre € 2.400 e € 5.000, mesmo profissionais que se formam somente no ensino secundário têm um poder de compra considerado socialmente satisfatório, o que mantém a economia aquecida.


Investimento em pesquisa e desenvolvimento aliado a programas de aprendizagem que auxiliem na inserção dos jovens no mercado de trabalho nos distancia ainda mais da realidade alemã. Mas como podemos diminuir essa distância já que a projeção de investimento nessa área não nos é promissora? Devemos e podemos promover parcerias internacionais e incentivar o investimento da iniciativa privada para o preparo de nossos jovens para a profissionalização.


Como professor e gestor de uma instituição de ensino, sou inquieto e procuro sempre trazer inovações para a sala de aula. Hoje, mais do que nunca, é fundamental buscar continuamente a troca de conhecimento entre players internacionais e com as iniciativas globais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). A sala de aula mudou. Nela, temos que incentivar os alunos a serem sedentos por conteúdos extraclasse, cases de sucesso e, principalmente, experiências reais. Quem não se desprender da teoria, ficará estagnado em um mercado profissional cada vez mais dinâmico.


A dimensão global do Dia Internacional da Educação, celebrado neste dia 24 de janeiro, serve para refletirmos sobre seu real significado. Se não podemos investir, devemos não só abrir as fronteiras para a pesquisa científica como incentivar convites para parcerias em prol da sustentabilidade das nações em todas as suas nuances, sejam elas de primeiro mundo ou não. Quem sabe um dia, com muita criatividade e inspiração, chegaremos no padrão alemão.


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Germany is on the news for approving a working day of 28 hours a week, but when I look at this country, another note draws my attention: investment in research and development. Data from 2016 show that the federal government and the German economic and scientific sectors invested 2.94% of the Gross Domestic Product in research and development against 2.03% of the other countries of the European Union and generating a chasm when compared to Brazil, which in 2015, invested 0.63%, equivalent to R $ 37.1 billion against Germany’s 92.2 billion euros.


However, even suffering from a problem that is familiar to us: social mobility (a student belonging to the lower social classes will have few opportunities to ascend socially in relation to his parents), the German secret is the student’s transition to the labor market.

According to a survey by the Organization for Economic Co-operation and Development (OECD), the level of unemployment among adults who have graduated from secondary school in a technical course is only 4.2%. For young people between 15 and 19 years old who are not studying or working, it reaches 8.6%, one of the lowest levels among the member countries of the organization. In addition, they have a strong middle class, with 58% of the population earning between € 2,400 and € 5,000, even professionals who graduate only in secondary education have a purchasing power considered socially satisfactory, which keeps the economy warm.


As a teacher and manager of an educational institution, I am restless and always strive to bring innovations into the classroom. Today, more than ever, it is fundamental to continuously seek the exchange of knowledge between international players and with global initiatives such as the United Nations. The classroom has changed. In it, we have to encourage students to be thirsty for extra-class content, success stories and, above all, real experiences. Whoever does not let go of the theory, will stagnate in an increasingly dynamic professional market.


The global dimension of International Education Day, celebrated on January 24, serves to reflect on its real significance. If we can not invest, we must not only open the frontiers for scientific research but also encourage invitations to partnerships for the sustainability of nations in all their nuances, be they first world or not. Who knows one day, with a lot of creativity and inspiration, we will arrive in the German standard.

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